Era já
Pra ser passado.
Mas sequer
Se fez presente.
O que sonhei
Ser meu futuro
Acabou tão
De repente.
jjLeandro
segunda-feira, 23 de junho de 2008
terça-feira, 17 de junho de 2008
UMA CIDADE PACATA, UM POVO HOSPITALEIRO
Essa é a tônica de pequenas vilas brasileiras isoladas no sertão. Babaçulândia conservou essa marca até a virada do segundo milênio. Já fora uma cidade em ebulição no auge da exploração babaçueira nas décadas de 1940 e 1950 com barcos a motor diesel singrando as águas do rio Tocantins rumo a Belém com amêndoas do coco e fibras de malva; as tripulações imprecando no porto pelo cansaço e a viagem que sabiam demorada e perigosa; os estivadores, por sua vez, mourejando ao sol na carga e descarga de toneladas de preciosas mercadorias.
Mas o avanço tecnológico das indústrias alimentar e cosmética remeteram-na de volta ao passado. O babaçu perdia o status de comodite. É isso mesmo: ‘sorte de uns, azar de outros’. É a gangorra da vida. Até mesmo da vida das cidades. Uma amargura que durou ao menos 35 anos.
Quando a rodovia que liga Araguaína a Babaçulândia foi asfaltada a partir de 2000, viu crescerem as chances de romper uma vez mais esse véu. Era uma outra oportunidade. E isso de fato aconteceu. Tornou-se um pólo turístico com grande fluxo de pessoas às praias do rio Tocantins no mês de julho.
Os dormentes da Ferrovia Norte-Sul, paradoxalmente, resgataram-na da letargia de décadas, abrindo horizontes de progresso sócio-econômico. A usina da UHE-Estreito, em funcionamento a partir de 2010, vai injetar mais ânimo no setor turístico.
A despeito de tudo isso, Babaçulândia sempre conservará nuances do passado original. Não deixará de ter à margem do Tocantins o pescador tratando o peixe que pescou cedo para comer à noite, como faziam seu pai e seu avô; ali no cais do porto estarão as mulheres lavando roupas em pleno meio-dia numa conversa animada. Mais além, o homem simples vai carpir o quintal, levar a mão à testa para enxugar o suor enquanto o amigo passa a cavalo levando a ração para os porcos na quinta.
O rio Tocantins, lerdo como há séculos, se comprazerá com a cena – cada vez que vê-la -, percebendo que nunca será um estranho no meio, seja qual for o nível de progresso alcançado pela cidade.
Lavadeiras ao meio-dia no porto
Babaçulândia, o rio e as serras - foto: jjLeandro
Pescador descama piabanhas - foto: jjLeandro
Mas o avanço tecnológico das indústrias alimentar e cosmética remeteram-na de volta ao passado. O babaçu perdia o status de comodite. É isso mesmo: ‘sorte de uns, azar de outros’. É a gangorra da vida. Até mesmo da vida das cidades. Uma amargura que durou ao menos 35 anos.
Quando a rodovia que liga Araguaína a Babaçulândia foi asfaltada a partir de 2000, viu crescerem as chances de romper uma vez mais esse véu. Era uma outra oportunidade. E isso de fato aconteceu. Tornou-se um pólo turístico com grande fluxo de pessoas às praias do rio Tocantins no mês de julho.
Os dormentes da Ferrovia Norte-Sul, paradoxalmente, resgataram-na da letargia de décadas, abrindo horizontes de progresso sócio-econômico. A usina da UHE-Estreito, em funcionamento a partir de 2010, vai injetar mais ânimo no setor turístico.
A despeito de tudo isso, Babaçulândia sempre conservará nuances do passado original. Não deixará de ter à margem do Tocantins o pescador tratando o peixe que pescou cedo para comer à noite, como faziam seu pai e seu avô; ali no cais do porto estarão as mulheres lavando roupas em pleno meio-dia numa conversa animada. Mais além, o homem simples vai carpir o quintal, levar a mão à testa para enxugar o suor enquanto o amigo passa a cavalo levando a ração para os porcos na quinta.
O rio Tocantins, lerdo como há séculos, se comprazerá com a cena – cada vez que vê-la -, percebendo que nunca será um estranho no meio, seja qual for o nível de progresso alcançado pela cidade.
Lavadeiras ao meio-dia no porto
Babaçulândia, o rio e as serras - foto: jjLeandro
Pescador descama piabanhas - foto: jjLeandro
domingo, 15 de junho de 2008
VERSO E PROSA
Quando buscam
Identificar-me
Diante do espelho
- sou outro, confesso –
Em vez de prosa
Sou verso.
Mas longe dele
É quando me revelo
Sem necessidade de glosa.
Então nunca sou verso,
Sou prosa.
jjLeandro
Identificar-me
Diante do espelho
- sou outro, confesso –
Em vez de prosa
Sou verso.
Mas longe dele
É quando me revelo
Sem necessidade de glosa.
Então nunca sou verso,
Sou prosa.
jjLeandro
domingo, 8 de junho de 2008
A MAIOR CAVALGADA DO MUNDO
Araguaína realizou domingo, 8, a maior Cavalgada do mundo - a de número XX. Nada a procura de recorde no Guiness Book. É uma confraternização que há duas décadas reúne o agronegócio da região num evento que tem cor, alegria e participação popular.
O recorde de participação de animais é de mais de 3 mil, com cerca de 25 a 30 mil espectadores nas ruas num percurso de mais de 5 km do bairro Entroncamento até o Parque de Exposição Agropecuária no centro da cidade.
Tradicionalmente, a Cavalgada abre a exposição agropecuária, aqui chamada de Expoara que tem a duração de 10 dias.
(CLIQUE NA FOTO PARA VÊ-LA MAIOR)
Avenida Cônego João Lima antes do início da Cavalgada (Muitos espectadores já estão presentes)
Outro ângulo do ponto de concentração da Cavalgada antes do início da festa (saída para Belém -PA)
O recorde de participação de animais é de mais de 3 mil, com cerca de 25 a 30 mil espectadores nas ruas num percurso de mais de 5 km do bairro Entroncamento até o Parque de Exposição Agropecuária no centro da cidade.
Tradicionalmente, a Cavalgada abre a exposição agropecuária, aqui chamada de Expoara que tem a duração de 10 dias.
(CLIQUE NA FOTO PARA VÊ-LA MAIOR)
Avenida Cônego João Lima antes do início da Cavalgada (Muitos espectadores já estão presentes)
Outro ângulo do ponto de concentração da Cavalgada antes do início da festa (saída para Belém -PA)
Bandeiras do Sindicato Rural (organizador da festa), Município, Estado e Brasil
Exibição de tropa de fazenda durante o evento
Bandeira de Araguaína levada por uma jovem
Animais ajaezados são uma constante
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