*
NEM TODO BEIJO É DOCE
O dia mundial do beijo já passou. Nada comentei antes porque não havia motivo. É isso mesmo, veja: não tenho namorada para beijo na boca! Estou assim na secura há tempos. Mas vamos falar disso aqui a boca pequena senão me tornarei ridículo, caindo aos 40 na boca do povo. Poderiam até pensar que não tenho boca, mas tenho sim. Todo dia uso-a para me alimentar e permitir que o sonho de ter uma garota possa subsistir. Uso-a também para imprecar porque os tempos são de azar para o namoro. Neste quesito estou quase beijando a lona, mas esse é um entre tantos beijos que pretendo evitar. Mas não posso dar-me ao luxo de evitar tudo. Periodicamente vou ao médico e faço exames para determinar a taxa de glicemia, afinal se as oportunidades são raras não posso estar reduzindo o universo das possibilidades de beijos por negligência minha. Já pensou ter que abrir mão de um beijinho doce quando a chance surgir pelo desconhecimento se sou ou não diabético. Isso que não!
Mas a situação no momento é periclitante, reconheço. Tanto que estou com cuidados até quando vou ao restaurante. Previno-me contra o que dizem os maledicentes: “boca que não merece beijo, pimenta nela”.
A família também está longe, portanto nem beijo na face estou dando ou recebendo. Quando a maré de azar é grande, tudo de ruim acontece. É quando a pretexto de facilitar as coisas para acelerar o processo podemos entrar numa boca-quente. Na empresa onde trabalho, tenho na chefia uma mulher. E que mulher! Na tentativa de uma azaração pra cima dela, fiz charme um bom tempo, era solícito em atender-lhe pequenos favores e antecipar-lhe os desejos com a diligência de um vidente. Não deu outra: a turma de colegas – acho que com uma ponta de despeito - começou a me chamar de beija-mão! Nada pior que uma fama injusta. Desisti.
Fechei a boca e recolhi-me. Em bom tempo lembrei-me do ditado e decidi segui-lo à risca: “em boca fechada não entra mosquito”, pena que tenho a certeza que também não recebe beijos. Mas não capitulo, nunca! Não sou desses que ao primeiro contratempo beija o pó, jogando a toalha. Se bem que no meu caso não é mais contratempo, seria mais apropriado dizer contra-estação.
Vá lá, tenho ao menos uma boa desculpa que me livra de soçobrar, à qual me seguro como nos tempos de criança quando buscava justificativas para meus fracassos; é um consolo de todos os dias: dizem que beijar dá sapinhos na língua. Nem tudo são males. E desse estou livre pela abstinência.
Mas cá pra nós, beijar é bom. Principalmente quando é na boca, e na falta de prática para essa modalidade, que se remedeie com um beijo amigável na face, mas que não seja como o beijo de Judas em Jesus. Deste com certeza ele não gostou. Nem eu gostaria de um beijo assim. Mesmo no desespero a gente não pode se render a qualquer beijo.
São daqueles beijos que não se pode aceitar em hipótese alguma. Cito nessa categoria um outro beijo: o da morte! Cruz credo, quero estar livre desse também.
O dia mundial do beijo já passou. Nada comentei antes porque não havia motivo. É isso mesmo, veja: não tenho namorada para beijo na boca! Estou assim na secura há tempos. Mas vamos falar disso aqui a boca pequena senão me tornarei ridículo, caindo aos 40 na boca do povo. Poderiam até pensar que não tenho boca, mas tenho sim. Todo dia uso-a para me alimentar e permitir que o sonho de ter uma garota possa subsistir. Uso-a também para imprecar porque os tempos são de azar para o namoro. Neste quesito estou quase beijando a lona, mas esse é um entre tantos beijos que pretendo evitar. Mas não posso dar-me ao luxo de evitar tudo. Periodicamente vou ao médico e faço exames para determinar a taxa de glicemia, afinal se as oportunidades são raras não posso estar reduzindo o universo das possibilidades de beijos por negligência minha. Já pensou ter que abrir mão de um beijinho doce quando a chance surgir pelo desconhecimento se sou ou não diabético. Isso que não!
Mas a situação no momento é periclitante, reconheço. Tanto que estou com cuidados até quando vou ao restaurante. Previno-me contra o que dizem os maledicentes: “boca que não merece beijo, pimenta nela”.
A família também está longe, portanto nem beijo na face estou dando ou recebendo. Quando a maré de azar é grande, tudo de ruim acontece. É quando a pretexto de facilitar as coisas para acelerar o processo podemos entrar numa boca-quente. Na empresa onde trabalho, tenho na chefia uma mulher. E que mulher! Na tentativa de uma azaração pra cima dela, fiz charme um bom tempo, era solícito em atender-lhe pequenos favores e antecipar-lhe os desejos com a diligência de um vidente. Não deu outra: a turma de colegas – acho que com uma ponta de despeito - começou a me chamar de beija-mão! Nada pior que uma fama injusta. Desisti.
Fechei a boca e recolhi-me. Em bom tempo lembrei-me do ditado e decidi segui-lo à risca: “em boca fechada não entra mosquito”, pena que tenho a certeza que também não recebe beijos. Mas não capitulo, nunca! Não sou desses que ao primeiro contratempo beija o pó, jogando a toalha. Se bem que no meu caso não é mais contratempo, seria mais apropriado dizer contra-estação.
Vá lá, tenho ao menos uma boa desculpa que me livra de soçobrar, à qual me seguro como nos tempos de criança quando buscava justificativas para meus fracassos; é um consolo de todos os dias: dizem que beijar dá sapinhos na língua. Nem tudo são males. E desse estou livre pela abstinência.
Mas cá pra nós, beijar é bom. Principalmente quando é na boca, e na falta de prática para essa modalidade, que se remedeie com um beijo amigável na face, mas que não seja como o beijo de Judas em Jesus. Deste com certeza ele não gostou. Nem eu gostaria de um beijo assim. Mesmo no desespero a gente não pode se render a qualquer beijo.
São daqueles beijos que não se pode aceitar em hipótese alguma. Cito nessa categoria um outro beijo: o da morte! Cruz credo, quero estar livre desse também.
jjLeandro
******************
OUTROS EUS
******************
6 comentários:
Ah, meu amigo!!! Beijar é muito bom mesmo! Mas desse tal beijo da morte, eu fujo a sete pés!
*♥*´¯`*Beijinhos*´¯`*♥*
olá jjleandro! então você já morou por aqui? esse é o meu segundo ano em goiânia... para mim é quente demais, mas acho que estou aprendendo a tolerar essas e outras mudanças. já que falta beijo por aí, mando um virtual, que em tempos tecnológicos, é também uma modalidade de beijo, veja:
:*
gostou? hehehe, até mais
dia mundial do beijo...pois porque não?!
por aqui as coisas são complicadas também, mas o certo é que apreciamos estrangeiros...
(embora vocês do brasil, não sejam bem-estrangeiros, é mais assim uma irmandade entre-oceanos... :)
vá, decide-te e vem por aí fora! hehe!
gosto muito da tua escrita, de facto: irónica doce e afiada!
beijOO
Muito engraçada e irônico esse seu conto...eu tb a tempos não sei o que isso rsrsr, normal faz parte.Beijuu
Oi... vim retribuir sua visita, gostei do seu blog, só não o li inteiro ainda, estarei por aí para ler o restante com calma... gostei do texto.... valeu
Parabéns pelo seu trabalho poético e obrigado por ter visitado me blog.
João Pedro Wapler.
Postar um comentário