Atores em cena
Márcio Souza recebe homenagem
Atores ao final do espetáculo
Índios durante ritual
Um espetáculo para percorrer o Brasil. Essa é a proposta da peça A Maravilhosa Estória do Sapo Tarô-Bequê, do escritor amazonense Márcio Souza, que o grupo Ciganu’s – Teatro e Dança, de Araguaína, estreou no sábado, 26, no auditório da Faculdade Católica Dom Orione, com a presença do autor.
Segundo Wilamas Ferreira, produtor e diretor, o êxito na estréia deixou o grupo de sete atores e dez técnicos muito feliz, pois enfrentaram um árduo trabalho de oito meses de preparação. “São atores que representam pela primeira vez e tiveram que conciliar durante todo o tempo de ensaio a vida privada e a artística, além da tensão da estréia. Isto os tornou vencedores”, revela Ferreira.
Mesmo antes de encerrar a temporada de três meses em Araguaína, a peça deverá ser levada a Colinas do Tocantins no dia 6 de junho. Posteriormente, será a vez do público de Palmas e também Campo Grande (MS), onde as negociações estão avançadas, prestigiar o evento. Na capital tocantinense serão dez apresentações.
Mas as pretensões do grupo Ciganu’s não param por aí. Está na mira, como já aconteceram em outras oportunidades, representar nos palcos de várias capitais brasileiras. “Essa é a proposta”, diz Ferreira sem conseguir disfarçar o entusiasmo.
A empatia entre o autor e o grupo surgiu tão logo Márcio Souza recebeu a gravação de laboratório das primeiras cenas, durante a negociação dos direitos autorais, e foi um estímulo para a empreitada. Aliás, informa o diretor, Souza foi muito simpático ao liberar completamente os direitos autorais para um contrato de um ano, com opção de renovação para mais outro. Logo que travou conhecimento com o trabalho do grupo, o escritor deixou claro sua vontade de participar da estréia. Ferreira confessa que não perdeu tempo, mobilizou os 21 patrocinadores e trouxe-o para ficar cinco dias na cidade, onde além da estréia também participou de oficina de artes com leitores.
A programação no sábado foi variada, com a participação de um grupo de índios da aldeia Xambioá-Karajá que apresentou vários rituais e danças étnicas antes da peça. Ao final, Márcio Souza autografou seus livros para o público.
Ainda no palco após a peça, ao lado dos atores num bate-papo com a platéia, Márcio Souza foi categórico em reconhecer a qualidade da montagem e evidenciar que o trabalho artístico do grupo não tem mais qualquer degrau a conquistar e está pronto para viajar pelo país.
CIGANU’S
A história do Ciganu’s é um relato da persistência que é a marca registrada de quem faz cultura no Brasil. “Desde o início tudo foi muito difícil, mas nunca desistimos”, diz convicto Wilamas Ferreira, presidente do grupo. Criado em 1987, a montagem da peça de Márcio Souza é também um presente aos 20 anos de existência do grupo. E o próprio nome, conforme revela Ferreira, tem tudo a ver com a vida do grupo. “Quando íamos representar em outras cidades, pela falta de dinheiro para a viagem, pedíamos carona na estrada. Parecíamos um bando de cigano. Entre nós mesmos comentávamos isso com muito humor”, relembra sorrindo. “Daí para rotular o grupo não custou nada”.
Passados 20 anos, o nome ainda continua apropriado ao grupo, mas agora pelas constantes viagens encenando país afora. A peça Frei Mulambo, com o patrocínio do projeto BR em Movimento percorreu 30 municípios, sendo cinco deles capitais. Muitos outros trabalhos foram encenados, incluindo, além de peças teatrais, dança, teatro de bonecos e performances com poemas de autores regionais e nacionais.
O volume de trabalho aumentou tanto, diz Ferreira satisfeito, que o grupo viu-se obrigado a formar novos atores, abrindo as portas das artes cênicas para talentos que representam já em seu primeiro trabalho um autor consagrado como Márcio Souza. “É muita responsabilidade, mas estamos muito felizes”, conclui.
Um espetáculo para percorrer o Brasil. Essa é a proposta da peça A Maravilhosa Estória do Sapo Tarô-Bequê, do escritor amazonense Márcio Souza, que o grupo Ciganu’s – Teatro e Dança, de Araguaína, estreou no sábado, 26, no auditório da Faculdade Católica Dom Orione, com a presença do autor.
Segundo Wilamas Ferreira, produtor e diretor, o êxito na estréia deixou o grupo de sete atores e dez técnicos muito feliz, pois enfrentaram um árduo trabalho de oito meses de preparação. “São atores que representam pela primeira vez e tiveram que conciliar durante todo o tempo de ensaio a vida privada e a artística, além da tensão da estréia. Isto os tornou vencedores”, revela Ferreira.
Mesmo antes de encerrar a temporada de três meses em Araguaína, a peça deverá ser levada a Colinas do Tocantins no dia 6 de junho. Posteriormente, será a vez do público de Palmas e também Campo Grande (MS), onde as negociações estão avançadas, prestigiar o evento. Na capital tocantinense serão dez apresentações.
Mas as pretensões do grupo Ciganu’s não param por aí. Está na mira, como já aconteceram em outras oportunidades, representar nos palcos de várias capitais brasileiras. “Essa é a proposta”, diz Ferreira sem conseguir disfarçar o entusiasmo.
A empatia entre o autor e o grupo surgiu tão logo Márcio Souza recebeu a gravação de laboratório das primeiras cenas, durante a negociação dos direitos autorais, e foi um estímulo para a empreitada. Aliás, informa o diretor, Souza foi muito simpático ao liberar completamente os direitos autorais para um contrato de um ano, com opção de renovação para mais outro. Logo que travou conhecimento com o trabalho do grupo, o escritor deixou claro sua vontade de participar da estréia. Ferreira confessa que não perdeu tempo, mobilizou os 21 patrocinadores e trouxe-o para ficar cinco dias na cidade, onde além da estréia também participou de oficina de artes com leitores.
A programação no sábado foi variada, com a participação de um grupo de índios da aldeia Xambioá-Karajá que apresentou vários rituais e danças étnicas antes da peça. Ao final, Márcio Souza autografou seus livros para o público.
Ainda no palco após a peça, ao lado dos atores num bate-papo com a platéia, Márcio Souza foi categórico em reconhecer a qualidade da montagem e evidenciar que o trabalho artístico do grupo não tem mais qualquer degrau a conquistar e está pronto para viajar pelo país.
CIGANU’S
A história do Ciganu’s é um relato da persistência que é a marca registrada de quem faz cultura no Brasil. “Desde o início tudo foi muito difícil, mas nunca desistimos”, diz convicto Wilamas Ferreira, presidente do grupo. Criado em 1987, a montagem da peça de Márcio Souza é também um presente aos 20 anos de existência do grupo. E o próprio nome, conforme revela Ferreira, tem tudo a ver com a vida do grupo. “Quando íamos representar em outras cidades, pela falta de dinheiro para a viagem, pedíamos carona na estrada. Parecíamos um bando de cigano. Entre nós mesmos comentávamos isso com muito humor”, relembra sorrindo. “Daí para rotular o grupo não custou nada”.
Passados 20 anos, o nome ainda continua apropriado ao grupo, mas agora pelas constantes viagens encenando país afora. A peça Frei Mulambo, com o patrocínio do projeto BR em Movimento percorreu 30 municípios, sendo cinco deles capitais. Muitos outros trabalhos foram encenados, incluindo, além de peças teatrais, dança, teatro de bonecos e performances com poemas de autores regionais e nacionais.
O volume de trabalho aumentou tanto, diz Ferreira satisfeito, que o grupo viu-se obrigado a formar novos atores, abrindo as portas das artes cênicas para talentos que representam já em seu primeiro trabalho um autor consagrado como Márcio Souza. “É muita responsabilidade, mas estamos muito felizes”, conclui.
jjLeandro
7 comentários:
Interessantíssimo...Trabalhar com a cultura indígena chega a ter algo de sagrado:
-quer seja pela cultura indígena em si;
-quer seja pela influência indígena na composição da atual sociedade brasileira;
-ou quer seja como um momento de silêncio ao percorremos, em nossa memória histórica, as barbaridades que já se fez contra os indígenas.
Abçs
Criss
De Palmas desejamos sucesso total ao grupo Ciganu's. Espero que seja, realmente, um programa de índio com toda a maravilha que isso significa.
que buen trabajo y que bueno que nos hagas participar de algo asi
ya que los pueblos indigenos siempre son menospresiados
besitos amigo y que estes muy bien
una linda semana
besos y sueños
muito, muito interessante e significatiVo!! :)
beijO*
Leandro sua produção no mundo das letras fala de uma forma que ao ler sobre a peça sentir novamente a emoção que tive durante a noite de estréia da mesma! Sapo Tarô Bequê é maravilhosa, me fez rir, até segurei pra não chorar em determinado momento, quaqndo aponta para certas reflexões dos rumos de nosso "progresso"...
O Márcio é genial, e uma simplicidade de pessoa, parabéns pela sua atitude em ofertar aos Ciganu's Teatro e Dança o direito sobre a peça e ainda presenciar essa maravilha!!! Beijos nessas almas da cultura brasileira, porque elas resistem e dão provas de que tudo isso a que passaram valeu a pena. Wilame
estamos fazendo araguaina crescer!
vc ja soube do "premio Professor Francisco Concesso/DCE-ITPAC de Literatura?
pergunte a ele... um abc
kaio
cara eu sou fã desse urubu rei, muito bom e o sapo tarô beque e um otimo ator.
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