terça-feira, 21 de dezembro de 2010

O POEMA



Sigo o poema
Para ver aonde me leva

Como o homem
Se entrega à própria sorte.

Por caminhos
E descaminhos

Hora sou fraco, hora sou forte.
Com agonia ou com prazer,

Já que o poema
É vida ou morte.

jjLeandro

domingo, 12 de dezembro de 2010

ARAGUAINA SOFRE MAIOR ALAGAMENTO DOS ÚLTIMOS 20 ANOS


Em pouco mais de uma hora e meia de chuva torrencial, Araguaina conheceu uma das maiores enchentes dos últimos 20 anos. A chuva começou após as 13h do domingo, 12, e causou alagamentos sobretudo nas ruas e avenidas marginais aos córregos que cortam a cidade. O problema é antigo e nos últimos três anos tem se agravado com inundações cada vez maiores.
No centro, a Marginal Neblina foi totalmente tomada pela água, interrompendo o trânsito de veículos e pedestres. Casas às margens do córrego foram inundadas. Em alguns pontos, o nível da água atingiu mais de um metro de altura.
Mesmo depois que a chuva passou, alguns pontos permaneceram alagados com perspectiva de o nível da água baixar somente durante a noite.  O Corpo de Bombeiros foi bastente acionado para socorro aos flagelados. O Samu  - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência – teve suas atividades parcialmente prejudicadas pela inundação que tomou conta do prédio.
Aqui no blog já denunciei outras enchentes em 2008 e 2009. Nada, absolutamente nada foi feito pelo poder público desde então. Nenhum gestor sequer pensou em discutir o assunto. Para todos os que já passaram pela Prefeitura, ante a inexistência de qualquer proposta para sanar as enchentes, o problema não existe.
Linques no blog de outras enchentes:


Fotos - jjLeandro -
Rua Paranaíba
 Moradores deixam casas alagadas
Água invade o SAMU
 Cachoeira na Marginal Neblina
 A pracinha sumiu debaixo d'água
 Cruzamento da Marginal Neblina com Av. José de Brito
 Ponto alagado na Marginal Neblina
 Rua ou rio?
Alagamento com mão dupla
Marginal Neblina intransitável
Carro enguiça em alagamento
Moradores tiveram residências alagadas próximo ao córrego Neblina 
Bombeiros prestam socorro

sábado, 11 de dezembro de 2010

PEDIDO DE CASAMENTO

Foto: Azaleias - jjLeandro

Meu pai era homem de urgências.
No trabalho e no amor
Aviava seus atos
Como um condenado
Em último pedido.

Na família representou sua ópera-bufa
No pedido de casamento.

Chegou apressado numa tarde mormacenta de dezembro,
Suado num paletó que lhe retinha os movimentos
Mas não suas palavras.
Entrou na casa de meu avô como um vendaval.
Sua vítima fatal à entrada foi o jardim.
Tropeçou em vasos com camélias,
Pisou em margaridas e crisântemos,
Jogou do peitoril ao chão gerânios e azaleias.

Mãos à cabeça cheia de bobes,
Minha avó protestou:
—Vândalo, você destruiu minhas flores!
Ele, mais que ligeiro,
Cingiu a cintura da namorada como quem
Colhe uma rosa pela haste,
Dizendo cinematograficamente:
— Não, senhora, restou esta que vou levar!


 jjLeandro